O uso de cosméticos faz parte da rotina diária de mulheres e homens no mundo todo. O propósito desse hábito sempre esteve relacionado ao desejo de se embelezar e manter bons cuidados de higiene. Contudo, muito tem se discutido sobre como atrelar a vaidade com preocupações inerentes ao nosso tempo. Atualmente, assuntos como saúde e sustentabilidade estão em alta. Por isso, alinhando-se a essas tendências mundiais, o mercado de cosméticos naturais tem tomado proporções cada vez maiores.
Refletindo esse movimento, surgiu a necessidade de se destacar no mercado de cosméticos e novas técnicas e tipos de produtos se desenvolveram. Dentre eles, pode-se citar os cosméticos orgânicos, os veganos e os naturais. Cada um deles atende premissas únicas e possui métodos de produção diferentes. Identificar se um produto é natural, orgânico ou vegano costuma causar certa confusão. Por isso, vamos falar sobre cada um deles nesse texto.
Cosméticos convencionais
São os mais comumente encontrados em farmácias, salões de beleza e supermercados. A ANVISA regulamenta a formulação, a produção e a venda deles. No entanto, eles não possuem certificação ambiental. Por isso, em sua composição ,podem estar presentes substâncias como parabenos, sintéticos e derivados do petróleo, que além de serem nocivos para a saúde, podem agredir o meio ambiente. Para conhecer mais sobre os compostos básicos de um cosmético, clique aqui.
Geralmente são testados em cobaias animais, método visto como cruel e que causa dor aos animais. Esse tipo de teste ainda é permitido em alguns países do mundo, mas já existem ONG’s e leis que coíbem esse tipo de atitude (inclusive no Brasil).
Cosméticos naturais
A maior diferença dos cosméticos naturais é o uso de matérias-primas e princípios ativos cuja origem pode ser considerada natural. Além disso, as substâncias químicas sintéticas têm seu uso restringido.
No Brasil existem certificadoras como o Instituto Biodinâmico (IBD) e o Ecocert que listam uma gama de matérias-primas proibidas em cosméticos naturais. Essa lista cita desde corantes e aromatizantes sintéticos a derivados de petróleo. Além disso, os produtos não podem ser testados em animais. Tanto o IBD quanto o Ecocert emitem selos. Portanto, se o rótulo do produto contém algum desses selos, existe a garantia de que o produto atinge as exigências mínimas para ser considerado natural.
Cosméticos orgânicos
Para se enquadrar como orgânico, os sabonetes, cremes, xampus, hidratantes e outros devem atender uma série de requisitos um pouco mais rigorosos do que para os naturais. O orgânico deve ser produzido dentro dos princípios de sustentabilidade (saiba como tornar sua empresa sustentável), do ecologicamente correto e do socialmente justo. Assim como os naturais, não podem ser testados em animais.
Os ingredientes usados na formulação de um cosmético orgânico além de serem naturais, são também provenientes de uma produção orgânica. Ou seja, livres de agrotóxicos, organismos geneticamente modificados e adubos sintéticos. Para isso, utilizam métodos que procuram aperfeiçoar o uso de recursos naturais e socioeconômicos tanto no processo produtivo em si, quanto no uso do produto e no descarte de resíduos.
Ao optar por um orgânico, o consumidor evita expor a pele a compostos potencialmente alergênicos. Outra grande vantagem é a pureza de sua composição, o que provoca na pele uma recepção melhor e mais natural dos ingredientes, podendo potencializar a sua eficácia. A Ecocert e IBD também emitem selos para esse tipo de produto (diferente do selo para os apenas naturais).
Cosméticos veganos
Os cosméticos enquadrados nessa classificação seguem o padrão estabelecidos pelo veganismo, um estilo de vida que envolve dieta, entretenimento, itens de moda e cuidados com a pele.
Seguindo essa filosofia consciente, o cosmético vegano é livre de ingredientes animais ou derivados de animais. Isso inclui cera de abelha, sebo de carneiro, albumina, gelatina e muitos outros. E, claro, não existem testes em animais aqui.
Contudo, afirmar que um cosmético é vegano não se relaciona com as matérias-primas utilizadas em sua produção. Estas podem ser de origem sintética ou natural, e, mesmo assim, o produto continua sendo vegano, pois seu desenvolvimento e fabricação não tiveram qualquer uso de animais ou de seus derivados. Para os produtos comprovadamente vegano,s existe o selo “certificado SVB vegano” emitido pela Sociedade Vegetariana Brasileira.
Agora que você já sabe a diferença de cada uma dessas linhas de cosméticos, é importante garantir a autenticidade de cada um deles, se mantendo atento aos selos e certificados emitidos no Brasil. Principalmente se você tem interesse em desenvolver uma formulação ou abrir sua própria fábrica de cosméticos seguindo essas novas tendências.
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