Uma das principais características que um consumidor analisa em um produto alimentício antes de comprá-lo são as informações nutricionais. Sendo assim, é fundamental que os produtores de alimentos explicitem as quantidades de cada nutriente que estão contidas em seu produto. Para isso, é necessário desenvolver uma tabela nutricional e, principalmente, adequar a embalagem aos requerimentos legais, o que você pode aprender a fazer clicando aqui.
Recentemente, a ANVISA(Agência Nacional de Vigilância Sanitária) alterou as regras de rotulagem referentes a alimentos e bebidas, com o objetivo de tornar a comercialização desses produtos mais transparente. Essa mudança acompanha a recente tendência que pode ser observada nos consumidores, que, cada vez mais, têm se preocupado com a qualidade nutricional dos alimentos que consomem. Quer descobrir o que mudou? Continue lendo para saber como essa nova regra pode mudar a maneira como você faz compras.
Porque as empresas devem informar sobre o excesso de açúcar em seus produtos?
Um dos ingredientes mais difíceis de se evitar na alimentação é o açúcar. Afinal, quem nunca sentiu aquela vontade de comer um docinho? Entretanto, é importante lembrar que o consumo excessivo de açúcar está relacionado com graves problemas de saúde, como obesidade e diabetes. Por isso, a ANVISA decidiu obrigar os produtores de alimentos a informar quais de seus produtos possuem um excesso de açúcar adicionado, permitindo que a população faça escolhas alimentares mais conscientes.
Vale lembrar que essa norma considera apenas os açúcares adicionados aos produtos, ou seja, não considera açúcares naturais dos ingredientes utilizados, como a frutose e a lactose. Na nova regra, produtos que tenham mais de 15g de açúcar adicionado a cada 100g de alimento devem apresentar uma etiqueta informando que possuem um alto valor de açúcar adicionado. Essa medida serve para facilitar a compreensão das informações nutricionais e garantir que os consumidores conheçam as características dos produtos que estão comprando.
Desvendando as Novas Regras para Rotulagem de Gorduras
As mudanças na tabela de informação nutricional incluem uma apresentação uniforme com letras pretas sobre fundo branco. Essa diretriz estabelece critérios para a classificação de alimentos como tendo “Alto Conteúdo de Gordura Saturada”. Para ser rotulado como tal, alimentos sólidos e semissólidos devem conter 6 g ou mais de gordura saturada por 100 g de alimento, enquanto alimentos líquidos devem ter 3 g ou mais de gordura saturada por 100 ml de alimento. Essa definição visa informar os consumidores sobre a presença significativa desse tipo específico de gordura nos alimentos.
Com esse novo hábito, as empresas enfrentarão o desafio de se adaptar às novas regulamentações. Enquanto os consumidores, poderão fazer escolhas mais informadas sobre o consumo de gorduras, promovendo uma alimentação consciente e saudável.
Sódio na Alimentação: A Importância Crucial da Rotulagem Precisa para a Saúde
A importância da rotulagem correta do sódio reside na promoção da saúde pública e na conscientização dos consumidores sobre a ingestão desse mineral. O sódio está frequentemente associado a problemas de saúde, como hipertensão e doenças cardiovasculares. Rotular de maneira precisa e clara o teor de sódio nos alimentos permite que os consumidores tomem decisões informadas sobre suas escolhas alimentares, ajudando a controlar a ingestão desse mineral e a prevenir potenciais riscos à saúde.
Além disso, a tabela nutricional adequada contribui para a transparência da indústria alimentícia, fortalecendo a confiança dos consumidores e incentivando práticas mais saudáveis. A principal inovação nos rótulos é a introdução da rotulagem nutricional frontal, utilizando um símbolo de lupa para indicar o alto teor de sódio, posicionado na parte superior do painel frontal da embalagem.
Com a crescente preocupação com a saúde e bem-estar, a atenção para o teor de sódio nos alimentos torna-se vital. A definição de “Alto Conteúdo de Sódio” estabelece critérios específicos para orientar os consumidores em suas escolhas alimentares. Para alimentos sólidos e semissólidos, aqueles que contém 600 mg ou mais de sódio por 100 g são categorizados como tendo um alto conteúdo desse mineral. No caso de alimentos líquidos, a barreira é de 300 mg ou mais por 100 ml.
Esse momento de mudança abre portas para que os consumidores aprofundem sua compreensão sobre as informações nutricionais ligadas ao sódio. Tal conhecimento, estimula decisões alimentares mais conscientes e benéficas para a saúde.
Conclusão
Contudo, a compreensão e adaptação às novas regras de rotulagem não são apenas uma obrigação regulatória, mas também se tornam essenciais para as empresas. Ao alinhar seus produtos com as normas atualizadas, as empresas demonstram comprometimento com a transparência e a saúde do consumidor. A rotulagem clara e precisa não apenas fortalece a confiança do cliente, mas também atende à crescente demanda por informações nutricionais transparentes.
Além disso, a conformidade com as regulamentações contribui para a diferenciação no mercado, destacando as empresas como líderes na promoção de escolhas conscientes e saudáveis. Isso pode resultar em uma vantagem competitiva, pois os consumidores estão cada vez mais atentos à qualidade nutricional dos produtos que escolhem.
A adaptação proativa às novas regras atende aos requisitos legais e reflete o compromisso das empresas com a responsabilidade social e a promoção da saúde da comunidade. Essa abordagem atende às expectativas do mercado, impulsiona a reputação da marca e promove o sucesso a longo prazo. Além disso, mostra a capacidade da empresa de se adaptar rapidamente às mudanças.
Por Daniel Parenti e Ana Vitória Ferreira