As ceras são lipídios simples que não necessitam de altas temperaturas para amolecer, além de serem maleáveis e possuírem total insolubilidade em água. Há vários tipos de ceras disponíveis no mercado, como exemplo há a cera de abelha, carnaúba, sintética, derivadas de petróleo, entre outras.
Devido a essa variedade, elas possuem uma vasta aplicação, como a produção de vernizes, de graxas para sapato, de velas e de sabões, de cosméticos, de medicamentos e outros. Contudo, o consumidor ou o fabricante deve se informar sobre as especificidades de cada tipo de cera, uma vez que elas contêm diferentes vantagens e limitações.
Ceras de abelha
Dentre os tipos de ceras mais conhecidos no mercado, essa é a única de origem biológica, produzida por glândulas especiais de abelhas e obtida pelo homem por meio da coleta controlada dos favos de mel em apiários ou na natureza. Como a cera possui oxidação lenta, ela dura por muito tempo, desde que traças da cera não as ataque ou recebam altas temperaturas. Ademais, ela não perde suas propriedades benéficas após o processamento.
A Cera de abelha é utilizada para a fabricação de cosméticos, como maquiagens, cremes e batons. É usada também para fabricação de medicamentos, de produtos médicos e cirúrgicos, de refratários, de velas artesanais, para dentição infantil, cera depilatória, entre outros.
Ceras derivadas de petróleo
Resultado do processo de destilação fracionada do petróleo ou da extração por solventes desse combustível fóssil, essas ceras possuem odor baixíssimo e características que garantem a elas impermeabilizar e dar brilho. Contudo, a produção dessas ceras polui a atmosfera com a liberação de dióxido de carbono, colaborando para o efeito estufa. Apesar dessa desvantagem, elas ainda estão na base de diversos bens de consumo.
A lista de suas aplicações é longa. As ceras derivadas do petróleo estão presentes na fabricação de cremes, de pomadas, de ceras automotivas, de maquiagem, de adesivos, de polidores para sapatos, de pisos, de automóveis, de mobília, de couro, de borracha, de lubrificantes, de tintas, além de ter muitas outras aplicações.
Cera sintéticas
Ceras sintéticas, em geral, são selantes de pintura. Dessa forma, elas possuem uma composição química mais definida, e não apresentam ciclo-alcanos insaturados, sulfurados, nitrogenados e halogenetos como as ceras originadas do petróleo. Sua composição consiste em dezenas de milhares de polímeros sintéticos. Utiliza-se elas bastante na indústria automobilística. A cera sintéticas é uma das de mais fácil aplicação do mercado e, também, tem como vantagem a alta durabilidade.
Ceras de carnaúba
Obtém-se a cera de carnaúba das folhas de uma palmeira nativa do Brasil, Copernicia cerifera, árvore símbolo do Ceará. Encontra-se elas pela região do semiárido brasileiro, principalmente nos estados do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte. Também, ela apresenta um ponto de derretimento muito maior que de outras ceras presentes no mercado (78ºC) e não é facilmente solúvel. Isso impossibilita que a água rompa suas camadas sobre a superfície, sendo isso possível apenas com a utilização de outros solventes a quente. Ademais, a cera de carnaúba é extremamente dura e seu acabamento não se desfaz com o tempo, apenas opacifica a superfície, o que a torna ideal para formar coberturas extremamente fortes para pisos, automóveis, entre outros.
A Cera de Carnaúba é um produto usado em um grande número de indústrias, como a automotiva, a farmacêutica e a alimentícia, estando presente em doces, polimentos, vernizes, produtos cosméticos, embalagens de alimentos e conservação de frutas. Por esse motivo, ela é muitas vezes chamada de “Rainha das Ceras”.
Parafinas
Estas ceras são hidrocarbonetos da série dos alcanos, obtido a partir do petróleo bruto durante o processo de refino. Além disso, elas possuem propriedades termoplásticas, além de não reagirem com a maioria dos compostos químicos mais comuns. Entretanto, elas queimam rapidamente devido a sua propriedade combustível. Encontra-se elas com aparência sólida branca, sem odor, sem gosto e com ponto de fusão típico entre 47°C e 65°C. São insolúveis em água, mas solubilizam-se em dietil-éter, éter, benzeno e em certos ésteres.
A utilização mais comum que conhecemos da parafina são as velas. Além disso, utilizam-se essas ceras para fabricação de giz de cera, de adesivos, de tintas, de pinturas, de cosméticos, de lubrificantes, de desmoldantes, de embalagens, de isolantes elétricos, além de muitas outras aplicações.
Combinam-se os diferentes tipos de ceras podem em determinadas proporções para se adequar a situações e aplicações diferenciadas, de acordo com o desejo do fabricante. Seja para aumentar a lucratividade da cera produzida, para prolongar sua duração, sua impermeabilidade ou, até mesmo, para se encaixar em algum segmento mais exigente, como o alimentício e farmacêutico. Dessa forma o leque de aplicações para os tipos de cera só cresce e tende a garantir seguintes evoluções em todos os ramos, fomentando a busca por aprimoramento e desenvolvimento de produtos.
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