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Cosméticos naturais: como se destacar no mercado

Por Isabela Vieira –

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (HPPC) corresponde a 1,8% do PIB do Brasil, sendo que o país é responsável por 9,4% do faturamento mundial deste setor. A maior parcela das demandas de HPPC  ainda é atendida por uma pequena quantidade de grandes empresas. Porém, ramos inovadores, como o de cosméticos naturais, representam uma grande oportunidade para pequenos e médios empreendedores despontarem na área.

O recente incentivo da mídia e de instituições à maior preocupação com questões ambientais gerou uma crescente busca de produtos menos agressivos ao meio ambiente e aos próprios consumidores. Nesse sentido, o desenvolvimento de cosméticos que possuem em suas formulações componentes naturais, que são biodegradáveis e que contam com uma linha de produção sustentável representa uma grande oportunidade de atuação. Alguns aspectos são importantes quando tratamos de produtos naturais:

1- Processo de produção

Definimos processo de produção como o conjunto de etapas que são necessárias para a confecção de determinado item. Para a síntese de hidratantes, por exemplo, este processo envolve a preparação da matéria prima, o transporte e mistura dos reagentes, além do empacotamento do produto final. A preocupação dos consumidores sobre os efeitos causados ao meio ambiente durante toda a produção tem se tornado cada vez maior e, por isso, principalmente no mercado de produtos naturais e orgânicos, as empresas estão buscando tornar a linha de produção sustentável.

Nesse sentido, é importante atentar-se, principalmente, ao maquinário usado. Aparelhos que consomem muita energia ou gastam muita água causam maiores danos ao meio ambiente e devem ser evitados. É recomendável também analisar como as matérias primas são extraídas da natureza e como elas são transportadas até o local onde ocorrerá a produção, além de garantir um destino adequado aos resíduos e subprodutos gerados.

2- Princípios ativos

O princípio ativo de determinado cosmético é a substância responsável por gerar o resultado desejado deste, como efeito tonificante , nutritivo ou ativador de circulação. O diferencial dos cosméticos naturais é o uso de princípios ativos que não sejam sintéticos. Extratos de limão, por exemplo, podem ser usados como agente antisséptico e anti oleosidade.

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Lavanda, hortelã e alecrim são alguns produtos dos quais podem ser extraídos óleos essenciais para perfumaria

A busca por novos princípios ativos, mas principalmente a descoberta de novas aplicações dos já existentes no mercado, correspondem a um grande ramo de atuação que pode ser bastante explorado por empreendedores. Neste sentido, pesquisas bibliográficas sobre novas formulações ou sobre a mudança de componentes com o intuito de otimizar composições já conhecidas mostram-se importantes para aqueles que desejam destacar-se neste ramo. Testes laboratoriais também são muito importantes. Eles indicam quais os efeitos dos produtos de diferentes composições e qual delas melhor se adequa à necessidade do consumidor.

3- Conservantes

A maior parte dos produtos orgânicos, como alimentos e cosméticos, é bastante suscetível ao ataque de fungos e bactérias. Em países quentes e com elevada umidade como o Brasil eles ficam ainda mais suscetíveis. Para evitar que os produtos sejam danificados antes do consumidor utilizá-los, são adicionados conservantes à formulação. Isso evita ou retarda a deterioração deles. É comum, na indústria de cosméticos tradicional, a utilização de parabenos como conservantes. Porém, os efeitos destes à saúde humana são bastante controversos, sendo que estão associados a danos irreparáveis à pele. (alergias cutâneas e ao envelhecimento precoce da pele.)

Dessa forma, a utilização de conservantes naturais tem crescido exponencialmente. Assim como no caso dos princípios ativos, ainda há muito o que se explorar neste sentido. Portanto, vale ressaltar que várias substâncias usadas cotidianamente já foram caracterizadas como conservantes. O sal, o mel, o limão, além de extratos, como o de alecrim, estão entre os produtos que podem evitar o ataque de micro-organismos aos produtos orgânicos.

4 – Pigmentos

Os pigmentos, por sua vez, são os elementos que conferem cor ao produto, assim, gerando maior apelo visual a ele. Várias plantas e minerais podem ser usadas como matéria-prima para estes pigmentos. Urucum e noz podem ser usados, respectivamente, para tingir os materiais de azul e marrom.

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Urucum e noz são exemplos de plantas que podem ser usadas como matéria-prima para estes pigmentos. 

Para produzir um pigmento de folhas de vegetais é preciso ser feito o isolamento do elemento que tem efeito corante. Deve-se prestar atenção a todas as etapas necessárias deste isolamento. Uma vez que é importante garantir que os reagentes usados não causem grandes danos ao ambiente ou aos consumidores.

Percebe-se, assim, que com a diversificação e com as exigências cada vez maiores dos consumidores brasileiros, há muito espaço para atuar no mercado de cosméticos, principalmente em áreas tão pouco exploradas, como a de produtos naturais.

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