fbpx

Vegetais mais Comuns na Produção de Tintas Naturais

Tintas Naturais

A procura e a preferência dos consumidores brasileiros por tintas naturais vem crescendo bastante nos últimos anos. Mas, afinal, por que tanta gente não abre mão de comprar essas variedades de tinta quando vão pintar a casa? Muitos dos adeptos à nova tendência se utilizam de embasamento ecológico na hora de decidir qual tinta vão comprar. Como não são feitas à base de COVs – Componentes Orgânicos Voláteis – as tintas naturais não agridem a camada de ozônio. Por causa do mesmo grupo de substâncias, as tintas convencionais também podem prejudicar vários tipos de solos se descartadas inadequadamente. Numa época em que desenvolvimento sustentável nunca esteve tão em alta, ambos os fatores têm pesado nas decisões de muita gente.

Entretanto, uma parcela ainda maior de pessoas foram facilmente convencidas por outro fator ainda mais cotidiano. Sabe aquele cheiro bem forte de casa recém-pintada que dá alergia nas crianças e dor de cabeça nos adultos? Você acertou se pensou que é mais um problema relacionado aos COVs. Mas é aí que se destacam as tintas naturais, pois são feitas à base de água e de pigmentos de vegetais. Portanto elas não deixam odor algum no ambiente onde são passadas.

Paleta de tintas com várias cores

Com certeza, já deu pra perceber que o mercado de tintas naturais é promissor no Brasil atual. Mas e agora? Quais são os principais métodos de produção desses tipos de tinta no Brasil? E como o pigmento é extraído de cada um dos vegetais utilizados como matéria-prima? Abaixo você vai encontrar algumas das principais técnicas utilizadas atualmente no ramo.

Cocção: do abacate ao café

Como o nome sugere, basta colocar o vegetal em água fervente por alguns minutos. O tempo necessário para que a água extraia o máximo possível do pigmento varia conforme o vegetal escolhido. Sabe-se, também, que devem ser adicionados aglutinantes e fixadores para se chegar ao produto final. Eles servem, basicamente, para otimizar o contato da tinta a ser produzida com a superfície na qual ela será aplicada. Além disso, favorecem a manutenção da cor original da tinta por muito mais tempo.

O abacate, por exemplo, leva a uma tinta amarela, enquanto o café é uma das matérias-primas da tinta marrom. Repolho roxo e erva-mate também têm seus pigmentos extraídos por cocção, dando origens a tintas azul e verde, respectivamente.

Maceração: cocção a frio para a produção de tintas naturais

Nada mais é do que deixar a matéria-prima em água fria por algumas horas. No inverno, por conta das temperaturas mais amenas, o tempo médio adequado é de cerca de 12 horas. Nos dias mais quentes, é recomendado abreviar a espera, já que o vegetal é fermentado com mais facilidade nessas ocasiões. O feijão-preto é o grande destaque da maceração, e dá origem a uma tinta de coloração azul.

Frutas e Verduras

Infusão: tintas naturais também podem vir do álcool

A técnica de infusão, diferentemente da cocção, se baseia no mergulho prolongado de pedaços do vegetal postos em álcool. Em alguns casos, são necessários dias ou semanas para que o álcool absorva a maior parte do pigmento da planta. Ah, e não se preocupe: os efeitos desagradáveis ao corpo humano decorrentes das tintas convencionais não são causados pelo álcool, já que este é um composto volátil e deixa o ambiente rapidamente. 

Pode ser usado açafrão (raiz ou pó) para se fazer tinta amarela, e amora para a variedade rosa. Também, por infusão, sementes de urucum e a flor de hibisco dão origens a versões laranja e roxa de tinta.

Liquidificação: quase tão simples quanto fazer um suco

O processo inicial se constitui, a grosso modo, de bater água e o vegetal escolhido em um liquidificador. Entretanto, para se atingir uma tinta de qualidade mais elevada, devem ser adicionados aglutinantes, fixadores e conservantes. Beterraba e espinafre são os protagonistas desse método, e levam a tintas rosa e verde, respectivamente.

Logo, pode-se concluir que cada um dos variados métodos de produção de tintas naturais é indicado para um objetivo específico. Usar a infusão ao invés da liquidificação pode ser vantajoso, pois dependendo do contexto da produção confere maior economia e rendimento. Vale ressaltar, também, que a principal restrição de cada método está relacionada à matéria-prima utilizada. Em outras palavras, não adianta querer fazer tinta por uma das técnicas se o vegetal escolhido não combina com ela.

Foi possível observar que os métodos de produção de tintas naturais são bem diversificados. Pode-se chegar a produtos completamente diferentes, dependendo do tratamento dado à matéria-prima escolhida. Pode parecer também que fazer uma tinta caseira a partir do resto do suco do almoço não passa de diversão. Mas é aí que nascem os grandes negócios. Saber aprimorar as técnicas de um processo e investir no mercado dele pode ser a chave do sucesso. Por isso, se você tem interesse no ramo, procurar uma consultoria especializada pode te ajudar bastante nos seus primeiros passos.

Ficou curioso sobre o assunto? Você fabrica um produto parecido e quer saber como alavancar sua produção? Clicando aqui você saberá mais sobre o que você deve fazer para expandir o seu negócio

Classifique este post!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress