Com a ascensão de indústrias de diversos ramos, é natural que haja também um aumento do número de rejeitos industriais. Portanto, é essencial ter o conhecimento em relação a como manter a sua indústria ambientalmente correta e sustentável. Assim, para fazer o descarte correto dos resíduos, é necessário que haja um entendimento das leis que regem esse assunto.
Quando se trata da destinação de resíduos, há uma grande variabilidade nos tipos de descarte possíveis. Esses métodos não se limitam apenas a incineração ou aterramentos. Além disso, há também a possibilidade da reutilização e reciclagem dos rejeitos. Tudo isso depende de alguns fatores importantes. Entre eles os tipos de resíduos e as leis em vigência em cada localidade. Portanto, sabendo-se da importância desse tema, decidimos separar e explicar os métodos de descarte e as principais leis atuais.
Normas do gerenciamento de rejeitos industriais
A adequação às normas que regem o descarte correto de resíduos é de extrema importância para a sustentabilidade das indústrias. Mas a pergunta que fica é: quais normas eu devo me atentar? Algumas leis importantes, como as listadas a seguir, podem garantir o cumprimento das normas.
Primeiramente, seria um erro classificar os resíduos em uma mesma categoria. Isso é, dependendo de suas características, pode haver a classificação desses rejeitos em 2 classes principais. Assim, existem os de classe I, perigosos tanto ao meio ambiente quanto aos seres humanos, como as tintas e óleos. Já os de classe II são divididos em A, menos agressivos ao meio ambiente, como as embalagens. Por sua vez, os classe II B são não contaminantes ao meio ambiente, como as sucatas.
Tal separação é feita com base em análises laboratoriais dos resíduos, seguindo a NBR 10.004 da ABNT.
Criada em 2010, a Política nacional de resíduos sólidos (PNRS) é uma das leis obrigatórias. Ela que determina a necessidade de se respeitarem as normas no que diz respeito ao descarte de resíduos industriais. Dessa forma, isso garante o comprometimento da indústria na manutenção da saúde pública e da qualidade ambiental. Dependendo da gravidade das infrações dessa lei e da recorrência delas, pode haver desde multas até a prisão do responsável.
A Lei 12.305/2010 prevê que empresas geradoras de resíduos devem ter um Plano de gerenciamento de resíduos sólidos. Esse documento é essencial para as indústrias que produzem grandes quantidades de resíduos. Isso, pois define métodos e processos que garantem que a fábrica esteja em acordo com a PNRS.
Realizando o descarte dos rejeitos industriais
Toda atividade industrial gera resíduos, em várias partes do processo. Assim, o descarte incorreto desses materiais pode acarretar em danos ao meio ambiente, além do desrespeito a leis e multas. Por isso, devemos conhecer as diferentes formas de se descartar tais resíduos.
Aterramento
Resíduos da classe I podem ser destinados a aterros sanitários. Estes locais possuem uma área específica para resíduos industriais, projetadas para que não agridam ao meio ambiente. Para a utilização deste método, as normas municipais, de onde o aterro está instalado, devem ser seguidas.
Incineração
Indicado para resíduos da classe I, a incineração consiste na queima de determinado material. A temperatura deste método deve ser alta e controlada. Dessa forma, garante que os compostos perigosos sejam destruídos ou tenham seus riscos de contaminação diminuídos.
Beneficiamento de resíduos
Além de uma forma de descarte, o beneficiamento também pode ser uma forma de lucrar com os resíduos industriais. Nele, utilizamos a temperatura para destruir os resíduos tóxicos ou contaminantes. Após este processo, é possível conseguir uma nova fonte de matéria prima.
Coprocessamento
Outra forma de reaproveitamento, o coprocessamento é a transformação dos resíduos em combustíveis para fornos da indústria do cimento. Assim, este método não gera gases poluentes durante a queima, e ainda elimina os resíduos de forma sustentável.
Vantagens de se realizar um descarte correto
Além de obedecer às leis ambientais, a utilização de um método correto de descarte gera várias vantagens. Assim, é possível detectar formas de reaproveitar os resíduos gerados, garantindo um retorno financeiro. Este retorno também pode vir através de novos clientes, ao se utilizar do marketing verde para atingir mais pessoas. Além disso, a própria sustentabilidade das atividades da empresa deve ser considerada, sendo esta uma responsabilidade de qualquer empreendimento.
Além destas vantagens, a adoção de formas corretas de descarte de resíduos evita multas de órgãos ambientais. Sendo assim, com a crescente importância de se tornar uma empresa verde, infrações ambientais geram uma má visão do negócio. Esta imagem de não sustentável por parte do público pode acarretar em perda de potenciais clientes ou investidores. Por isso, as leis devem estar em conformidade. Em função disso, é importante possuir um plano de gerenciamento de resíduos sólidos. Com ele, garantimos um descarte correto e seguro.
Conclusão
Fica clara a importância que a classificação e a destinação correta dos rejeitos industriais possuem. O descarte correto, além de sustentável, pode gerar uma nova renda para a empresa. Isso ocorre diretamente, através do lucro com resíduos, e indiretamente, através do marketing verde. Entretanto, devemos tomar cuidado na seleção dos melhores métodos para o descarte, além de nos atentarmos às legislações vigentes. Então, quer saber mais sobre o descarte correto dos resíduos? Baixe o nosso ebook ou entre em contato conosco para um diagnóstico gratuito.
Bruno Marçal e Mateus Catizane