Inovar está no cotidiano. Quem diria que massinhas para testar a temperatura dos fornos conquistariam as pessoas tão rápido? Pelo bem que a sobremesa faz para a alma, escrevemos sobre as etapas para abrir uma indústria doce e você pode conferir aqui! Vocês pediram, então decidimos dar mais dicas para empreender: uma produção de cookies!
Com criatividade, os básicos cookies viraram fascinantes explosões sensoriais, com toppings como gotas de chocolate, castanhas e frutas secas. Então, rapidamente conquistaram o coração e estômago brasileiro. Cookies têm público-alvo vasto e variado, ou seja, muito espaço para inovar. Portanto, a produção de cookies é uma opção para usar a sua criatividade para lucrar.
Antes de pôr a mão na massa, é importante saber de algumas coisas. Para comercializar, o cookie caseiro precisa evoluir para produção profissional. Pela manutenção da credibilidade e qualidade do seu cookie, é preciso que a produção siga um protocolo.
O protocolo ajuda a manter todos os cookies uniformes (tamanho, cor, sabor, crocância, cheirinho), pois os ingredientes, processo produtivo em si e maquinários são essenciais para a produção. Feito isso, fica mais fácil de atender às especificações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, necessário porque os cookies estão inclusos na categoria 7.2 – Biscoitos e Similares. Então, quer detalhes para iniciar a sua produção de cookies? Veja abaixo: principais pontos e primeiros passos!
Ingredientes
A quantidade e qualidade deles influenciam na cor, sabor, textura, aroma e tempo de vida útil dos cookies. Ademais, mesmo com variedade de possibilidades, as receitas de cookies majoritariamente contém os seguintes ingredientes:
Farinha de Trigo
A mais usada e um dos principais ingredientes, sua quantidade e tipo impactam muito na textura. Farinhas com menos proteína – comum – formam menos glúten, gerando cookies macios. Já farinhas ricas em proteína ou fibras – farinha tipo 00, de arroz, de aveia – favorecem a crocância.
Açúcar
Esse ingrediente está no DNA do cookie! O tipo e a quantidade de açúcar impactam em todas as características do produto. Pouco açúcar prejudica a experiência sensorial, mas açúcar excessivo pode cristalizar e deixar o cookie duro e enjoativo.
Óleos e Gorduras
Podem ser de origem vegetal ou animal, contribuem para a crocância do produto. Além disso, estão relacionados com a cor e o aroma.
Ovos
Formam liga e emulsificam (mais homogeneidade à mistura e manutenção da umidade), além de dar leveza e volume à massa. Super importantes, mas também delicados. Por exemplo, se mal armazenados, podem estragar antes da validade e gerar pepinos (probleminhas). O ideal é usar sempre ovos frescos e armazená-los refrigerados a 4ºC.
Fermento ou Bicarbonato de Sódio
Contribui para aerar o cookie, dando leveza e crocância, o que evita uma dureza excessiva. Ademais, neutralizam a acidez e contribuem para o charmoso acastanhado dos cookies clássicos.
Processo produtivo e maquinário
Ter os ingredientes ideais é um grande passo, mas uma produção de sucesso não termina aí! Dessa forma, os equipamentos devem ser bem escolhidos para ter o custo benefício ideal e acelerar a produção. Esses, assim como cada etapa do processo produtivo, devem ser protocolados também.
Preparo prévio
Isso começa com a chegada dos ingredientes no estabelecimento. Todos os materiais devem ser armazenados adequadamente, a exemplo dos ovos, que ficam mais seguros em uma geladeira comercial. A qualidade dos materiais também devem ser verificados com frequência e a higienização deve ser feita para garantir uma produção de sucesso. Em seguida, os materiais devem ser pesados em balanças de precisão, separados e submetidos a preparo prévio, quando aplicável.
Mão na massa
Feito o preparo prévio, os ingredientes são processados. Uma etapa imprescindível é a mistura, feita idealmente com batedeira planetária, que garante uma boa mistura e otimiza o processo. Em seguida, é preciso dar forma aos cookies e isso pode ser feito com modelador, a máquina de fazer biscoitos. Então, partimos para o resfriamento, que pode ser com geladeira ou freezer (mais rápido), uma etapa essencial para o sensorial do produto.
Metamorfose
Depois do cookie descansar e deixar os ingredientes “interagirem” a baixa temperatura, eles são assados. Usar fornos industriais de convecção, que têm melhor circulação do fluxo de ar quente, aumenta uniformidade e agilidade. Logo depois, os cookies assados passam para o carro aberto, para esfriar.
Etapas finais
Os cookies prontos agora são empacotados e fechados com seladora manual ou, para acelerar o processo, com seladora automática. O rótulo deve vir impresso na embalagem ou colado, assim como número de lote e validade. Por fim, basta escolher alguns pacotes de cada lote para ver se está tudo certo e liberar os cookies para adoçar a vida dos consumidores!
Conclusão
Você tem um cookie delicioso e as etapas anotadas com detalhes. Quer começar uma produção profissional? Precisa de ajuda para fazer um protocolo atendendo as normas da ANVISA? É seu desejo expandir as vendas para estabelecimentos mais longes da produção? Quer aumentar a validade (veja spoilers) para reduzir o risco de perdas? A consultoria Mult tem experiência com isso e pode te ajudar! Ficou curioso e quer saber mais? Agende um diagnóstico gratuito clicando aqui!
Catarina Wen