fbpx

3 fatores que influenciam na otimização da sua produção de doces juninos

Amendoim

No bojo da conceituação da espetacularização, sociólogos atuais desenvolveram um novo termo para designar nossa civilização, ‘’sociedade do espetáculo’’. Tal termo diz respeito às festas, reuniões e eventos que somente chamam atenção quando são verdadeiros espetáculos. Assim, no Brasil, tal fato vem sendo observado, principalmente, nas festas juninas, como forma de gerar renda extra para a cidade. Nesse sentido, o grande charme dessa comemoração, além das típicas danças e  músicas, está nos famigerados doces juninos.

De acordo com matéria do Diário do Nordeste eles são, sozinhos, responsáveis por um aumento de 15% das vendas no setor de doces como um todo durante essa época do ano. Portanto, otimizar sua produção desses doces é algo extremamente rentável para aproveitar a lucratividade inerente ao evento.

Quer saber algumas dicas para aumentar a otimização das suas vendas de doces juninos? Separamos 3 fatores que irão te ajudar a fazer escolhas mais assertivas para geração de receita!

Principais Doces, Ingredientes e Perspectivas de Mercado

Além de cultural, os doces juninos pleiteiam uma parte fundamental da economia de doces do país. Uma pesquisa do Datafolha revelou que paçocas prensadas e pé de moleque são consumidos por 57% e 48% dos adultos, respectivamente. Já para o amendoim salgado sem pele, esse número é de 42%, e com pele, 35%.

Logo, a procura por esses doces aumenta bastante durante o período de Junho (Diferentemente de outras datas comemorativas, como a Páscoa, onde essa procura começa em pelo menos dois meses antes). Isso pode ser verificado no gráfico abaixo, que elenca o volume de pesquisa por alguns doces juninos típicos. Perceba, ao analisar os gráficos, que os picos de interesses de todos esses doces são justamente no mês de Junho. 

gráfico do google trends - doces juninos

Assim, a partir da análise desse e de outros gráficos disponíveis no Google Trends, percebe-se que o interesse em doces como o bolo de milho é grande em todas as regiões do país. Por outro lado, doces juninos como a cocada, fazem mais sucesso no nordeste, enquanto outros, como pé de moleque, no sul e no sudeste. Assim, percebe-se a importância, e potencial lucratividade desse evento. Portanto, tome cuidado para não deixar para comprar alguns dos ingredientes listados abaixo de última hora, pois eles podem sofrer sensíveis aumentos de preço!

Ingredientes mais procurados em épocas de festas juninas:

  1. Amendoim (geralmente sem pele)
  2. Leite Condensado
  3. Açúcar
  4. Coco ralado
  5. Farinha de trigo
  6. Fubá

Ressalta-se, no entanto, que não basta apenas manufaturar doces deliciosos, visto que tendências de mercado podem desviar ênfases produtivas. Isso novamente está associado à ‘’espetacularização’’ das coisas, principalmente de produtos livres de glúten, aditivos químicos ou veganos. Assim, para vender exatamente o que esse novo público quer comprar, uma pesquisa de mercado atenta deve ser feita, a fim de identificar possíveis tendências e inovações para otimizar sua produção.

Listam-se, algumas tendências de mercado importantes para este e os próximos anos. 

  1. Alimentos ‘’Gluten Free’’ ou Livres de Glúten
  2. Alimentos Veganos, ou seja, sem utilização de ingredientes de origem animal, como o leite
  3. Não utilização de aditivos químicos para aumento de vida útil dos doces juninos
  4. Combinação de doces e sabores inusitados, como sorvete de paçoca com coco, sacolé (ou geladinho) de paçoca, caipirinha com rapadura, entre outros
  5. Diminuição ou abolição do uso de açúcar (Você não leu errado! Uma das grandes tendências para o futuro é, justamente, a diminuição do uso de açúcar em doces sem perder o seu sabor!)

Como otimizar a sua produção de Doces Juninos?

Após entender um pouco mais da dinâmica, importância e lucratividade do mercado, elencamos 3 fatores que influenciam na otimização da sua produção de doces juninos.

Organização da produção de doces juninos

A produção de alimentos, dentre as outras indústrias, está dentre aquelas com processos burocráticos e sanitários mais complexos. Produzir esse tipo de produto requer muita responsabilidade, visto que possíveis contaminações durante o processo produtivo podem manchar a imagem da empresa, bem como causar sequelas nas vidas das pessoas. Assim, é necessário traçar meios para organizar o ambiente e o processo produtivo, sem perder o apelo tradicional e caseiro dos seus doces.

Dessa maneira, observa-se que um primeiro passo para uma boa organização industrial é se conscientizar bem dos processos os quais cada doce junino que você irá produzir passarão. Na prática, isso significa planejar (às vezes até mesmo no papel) o que precisa ser feito com a matéria prima para que ela se transforme no seu doce.

Um exemplo disso é a produção de pé de moleque, que passa por várias etapas, como mistura dos amendoins, derretimento da rapadura, bateção em fogo brando, entre outros. Isso deve ser feito para que fique mais fácil mapear possíveis problemas na produção, como quando é mais provável de acontecer uma contaminação biológica, ou quais são as etapas mais lentas e como se alcança a otimização.

Qual a sua persona?

Além disso, é importante ter em mente para quem se quer vender seu produto. Para isso, você pode criar uma persona para seu cliente ideal. Uma persona é um personagem fictício que sintetiza bem seus principais clientes, abrangendo questões como idade, características, gostos e vontades. Ela é importante para mapear quais serão os principais doces que deverão constar em sua produção. Por exemplo, se sua persona aparenta ser alguém que consome corriqueiramente cocada, pé de moleque e bolo de milho, esses deverão, portanto, ser os doces mais relevantes em sua produção.

Portanto, após mapear seus processos, e definir quais mercadorias produzidas de acordo com sua persona, resta aplicar esses conhecimentos. Para isso, caso não trabalhe sozinho, é extremamente importante que todas as pessoas envolvidas no processo produtivo estejam cientes deles, bem como de protocolos de segurança. Logo, a maneira correta de fazer isso é fornecer treinamentos para outros funcionários, instruindo-os a utilizar toucas, luvas, não conversar ‘’em cima’’ dos doces, entre outras várias boas práticas de fabricação.

Por fim, percebe-se que quem possui uma produção bem organizada sabe exatamente a necessidade dos seus clientes, de modo a fornecer um tratamento e um produto mais personalizado, atraindo cada vez mais fregueses. E, além disso, facilita-se o processo de expansão da produção, de modo a gerar mais receita para o produtor.

Prevenção de desperdícios

Como dito anteriormente, a indústria de alimentos está em um segmento muito burocrático, assim, um dos processos mais preocupantes é o de desperdício. Em outras indústrias, o desperdício pode ser algo impactante para o meio ambiente, ao gerar efluentes tóxicos, ou então apenas custosos, por coibir a margem de lucro dos produtores. No entanto, no ramal de alimentos, esse problema se torna algo muito mais preocupante, pois trata-se de comida, por isso, desperdiçá-la é muito pior.

Assim, para evitar tais perdas, utilize alguns elementos do tópico anterior, isto é, organize os processos de armazenamento dos insumos, pense na vida útil dos seus ingredientes, e se preocupe com as embalagens utilizadas. Assim, se possível, prefira embalagens reutilizáveis no lugar das de plástico. Também, crie procedimentos operacionais padrão (POP’s) para caso haja algum problema na linha de produção, como contaminação microbiológica. Dessa maneira, faz-se possível amenizar o descarte de produto.

Além disso, é importante coibir a contaminação cruzada de alimentos (transferência de microrganismos patogênicos de um alimento contaminado para outros saudáveis). Isso pode ser feito afastando as áreas de descarte e expedição das áreas de produção. Por exemplo, o ideal é que, caso sua produção seja feita na sua cozinha, que os lixos fiquem afastados desse cômodo.

Outra ideia é a de reutilização do material orgânico inevitavelmente descartado para produzir energia ou adubagem, visto que existem empresas especializadas neste tipo de tratamento de alimentos.

Conheça seus doces juninos

Uma das dicas mais importantes acerca da produção de doces juninos é de fato compreender as especificidades de cada alimento e seus requisitos para produção. Nesse ponto, deve-se mapear a temperatura correta de armazenamento, a forma de embalamento e embalagem corretas, equipamentos específicos (caso necessário), dentre diversos outros fatores.

Conclusão

Por fim, conclui-se que investir no ramo de doces juninos é extremamente rentável, pois a venda de doces representa uma enorme parcela da renda deste setor. Assim, percebeu-se que para aproveitar da melhor forma esse evento festivo, é necessário planejamento e organização. Além disso, deve-se conhecer bastante o seu produto e as tendências desse mercado!

Portanto, caso queira se inteirar mais sobre como otimizar ainda mais seu processo produtivo, confira este texto do nosso blog!

Bruno José

Classifique este post!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress