A cerveja é uma bebida que teve origem em diferentes povos há milhares de anos. Sofrendo diversas alterações ao longo do tempo, a bebida se manteve popular e continua a apresentar grande crescimento. O Brasil segue essa tendência, já que o número de cervejarias registradas cresceu quase 100% nos últimos 3 anos, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Para saber mais a respeito das tendências desse mercado, leia nosso outro texto. Diante disso, pode-se afirmar que adentrar no mercado cervejeiro é um excelente investimento. Quer saber mais a respeito da produção de Cerveja? Então leia nosso texto e conheça mais a respeito dessa bebida e de sua produção!
Tipos de cerveja
Os diferentes tipos de cerveja são chamados de famílias. As mais comuns são Lager, Ale, Lambic, além das famílias híbridas. A classificação se baseia, sobretudo, ao tipo de fermentação. Dentro de cada família existem, ainda, subdivisões. Estas divisões estão relacionadas a cor, aroma, teor alcoólico e potência de corpo. Quer saber mais sobre os tipos de cerveja, leia nosso texto clicando aqui.
1. Família Lager
Essas cervejas costumam ser leves e claras, e o sabor é associado diretamente ao malte. O motivo destas características é porque sofrem baixa fermentação. Ou seja, a levedura atua no fundo do tanque de fermentação, sob baixas temperaturas.
A representante mais popular dessa família é a Pilsen, que também é a cerveja mais consumida no país. Possui cor dourada e leve amargor, além de teor alcoólico reduzido.
2. Família Ale
Nessa família, as cervejas sofrem alta fermentação. Durante sua fermentação, as leveduras atuam na parte superior do tanque, onde as temperaturas são mais altas. Devido a essas condições, possui aromas mais frutados e similares a especiarias. Nesta família, as cervejas costumam variar muito entre si, mas como característica comum, são mais encorpadas.
Uma famosa cerveja dessa família é a IPA (Indian Pale Ale). Suas características mais marcantes são a alta concentração alcoólica, além do amargor.
3. Família Lambic
Sendo a mais antiga família, são cervejas que fermentam de forma espontânea, ou seja, não é necessário adicionar fermento à formulação, já que este ocorre pelas leveduras presentes no ar. Esta família apresenta maior acidez, cuja sensação é similar a de um vinho espumante.
Um tipo de Lambic comercializada é a cerveja Faro, que conta com a adição de açúcar durante a fermentação, o que gera um contraste entre acidez e doçura.
4. Famílias Híbridas
As cervejas híbridas são aquelas que têm mais de um tipo de processo de fermentação. Existem diversas possibilidades para produção da cerveja híbrida, como a mistura de leveduras diferentes até a variação da temperatura na qual uma única levedura atuará. A família ainda é pouco explorada, de maneira que pode ser um campo interessante para novos produtores.
Insumos Cervejeiros
Promulgada em 1516, a Lei da Pureza alemã definiu que existem apenas três ingredientes para a produção cerveja: água, lúpulo e malte. Entretanto, após 500 anos, a produção de cerveja sofreu diversas alterações. Além desses ingredientes, existem diversos outros a serem usados. Há cervejas de muitos ingredientes, como arros, milho, trigo e mel. Para serem produzidos, esses sabores levam diferentes proporções dos ingredientes e sofrem mudanças na produção. Por este motivo, deve-se conhecer as funções de cada ingrediente. Para saber mais a respeito dos insumos cervejeiros, clique aqui.
1. Malte
O malte é constituído de grãos maltados (germinados) de cereais. O mais comum são os da cevada, mas o trigo e centeio são, também, muito utilizados. O grão é umidificado e depois secado, se tornando o malte.
Este ingrediente é determinante em diversas características da cerveja, como cor, sabor e aroma. Isso é determinado, sobretudo, pelo tipo de cereal usado.
2. Lúpulo
Considerado como o tempero da cerveja, o lúpulo é uma pequena flor. É o principal responsável pelo amargor e aroma. Além disso, o lúpulo é, também, um conservante e estabilizante da espuma da cerveja.
3. Água
Cerca de 90% da cerveja é água. Esse líquido atua, principalmente, na qualidade final da bebida. Isso ocorre pois os íons e impurezas na água podem influenciar no amargor. Entretanto, não pode-se dizer que a água mais pura torna a cerveja mais gostosa. Isso porque a água possui sais minerais que podem afetar o sabor positivamente. Entretanto, estes podem ser adicionados ou retirados.
4. Levedura
Esse ingrediente é o responsável pela fermentação da bebida. Ele é composto por microrganismos que convertem o açúcar em álcool. É um ingrediente vital durante a produção, portanto deve ser escolhido com atenção.
5. Adjuntos Cervejeiros
Sendo uma bebida muito versátil, existem muitos outros ingredientes que podem ser adicionados conforme a criatividade e habilidade. Eles são utilizados com funções diversas, como baratear custos, dar aroma, sabor, espuma, dentre outras.
Grãos, frutas, flores, plantas, raízes, madeiras, especiarias e condimentos podem ser utilizados para criar cervejas de características peculiares, já que contém diversas enzimas e substâncias capazes de alterar o sabor da cerveja.
Etapas para a Produção de Cerveja
Para iniciar a produzir cerveja, é necessário seguir diversas etapas. Caso não sejam feitas as etapas necessárias e na ordem correta, não se obterá a bebida desejada. Para saber mais das etapas da produção, leia nosso texto clicando aqui.
1. Maltagem
Essa etapa consiste em transformar o cereal em malte verde. O processo se dá pelo aquecimento, aeração e umidificação dos grãos até que eles comecem a germinar. Esses cereais são, ainda, submetidos à secagem e à torrefação, que têm influência, sobretudo, sobre a cor da cerveja.
2. Moagem
A casca do malte, nesta etapa, é rompido, expondo o amido, as proteínas e outras enzimas. A casca precisa ser retirada por completo e o interior do grão quebrado, já que é onde estão presente as enzimas essenciais para posterior fermentação. Ademais, é recomendado se evitar processos de moagem muito finos e muito grossos.
3. Brassagem
Após a moagem, o malte já pode ter seus açúcares não fermentáveis transformados em fermentáveis. Sendo assim, pode-se obter, após a fermentação, o teor alcoólico desejado.
4. Filtração
O mostro líquido, vindo da brassagem, é separado das partes sólidas do malte. Pelo malte residual, ainda é circulada água com o intuito de retirar açúcares. Esta última é necessária pois esses resíduos podem alterar características da cerveja.
5. Fervura
Na fervura, o mostro libera substâncias indesejáveis ao mesmo tempo que é esterilizado. Nesta etapa ainda são adicionados os lúpulos, responsáveis pelo amargor e aroma característico da cerveja.
6. Clarificação
Nesta etapa são retiradas as proteínas insolúveis da cerveja. A separação é feita, principalmente, a partir de agitações circulares, acelerando o depósito no fundo do recipiente. Além disso, pode-se, ainda, realizar a decantação somente pelo efeito da gravidade. Por fim, é necessário retirar o líquido do recipiente.
7. Resfriamento e oxigenação
Após a clarificação, o mostro deve ser preparado para a adição das leveduras. Deste modo, ele é resfriado até atingir a temperatura de fermentação, sendo que esta varia de acordo com o tipo de Levedura. Em seguida, é adicionado o oxigênio.
8. Fermentação
É aqui que o mostro é transformado em cerveja. A medida em que são adicionadas as leveduras, os açúcares são fermentados, gerando álcool e gás carbônico. Outros subprodutos formados compões o sabor e aroma da bebida.
A duração dessa etapa varia de acordo com a espécie de levedura usada. É possível estimar o tempo de fermentação, entretanto este só chega ao fim quando a densidade da bebida se mantem constante. Para uma boa fermentação, são necessários o controle de temperatura e impedir a entrada de oxigênio, pois só assim as leveduras atuarão da maneira desejada.
9. Maturação
Com o fim da etapa anterior, as leveduras são depositadas ao fundo do tanque e líquido restante, denominado cerveja verde, é mantido a temperatura constante por alguns dias em um outro recipiente.
10. Filtração
Uma etapa de filtração pode ser feita novamente para a retirada de partículas restantes de leveduras, já que estas podem ser muito leves. Essa etapa visa uma cerveja límpida e que não haja alteração no sabor final. Em algumas cervejas, essa etapa não é feita porque se deseja garantir sabores, aromas e corpo da cerveja específicos.
11. Estabilização
Nesta etapa, são feitos ajustes finais a fim de garantir a durabilidade e gaseificação adequados. Por exemplo, para a gaseificação, é adicionado gás carbônico.
12. Envase
Uma das etapas finais é colocar a cerveja a ser consumida em um recipiente, como latas e garrafas. Esse envase deve ocorrer de forma a incorporar o mínimo possível de oxigênio ao frasco de cerveja, porque este pode deteriorar o alimento mais rapidamente.
13. Pasteurização
Depois de envasado, o produto é submetido a um choque térmico. Ou seja, a bebida sofre um rápido aquecimento e resfriamento à temperatura ambiente. Esse processo, conhecido como pasteurização, confere estabilidade microbiológica à cerveja, uma vez que retarda a deterioração dessa bebida pela ação de microrganismos. Com este procedimento, esperasse aumentar a durabilidade da cerveja, algo muito positivo, já que permite à bebida alcançar mais mercado.
Diante do que foi apresentado, sabe-se que o mercado cervejeiro é um dos que mais cresce atualmente. Portanto é uma boa opção de investimento. Mas os insumos e etapas necessários são vários. Sendo assim, uma grande auxílio para iniciar, expandir ou otimizar sua produção de cerveja é a consultoria especializada. A Mult oferece projetos personalizados para atender a demanda de cada projeto e fornecer a melhor experiência possível. Para uma reunião de diagnóstico grátis, entre em contato com a gente!