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Mercado de Alimentos Sem Glúten: Por quê Investir?

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Os alimentos sem glúten são um dos nichos da indústria alimentícia que mais vêm crescendo ultimamente. Esse segmento é relevante pois pessoas que possuem a doença celíaca não podem ingerir glúten. Além delas, há um número crescente de pessoas que adotam dietas glúten free em busca de uma vida mais saudável e emagrecimento.

Mas o que é o glúten?

O glúten é uma proteína presente em alguns grãos como trigo, cevada, centeio e em produtos que derivam deles. Vários alimentos já não contém glúten naturalmente, como frutas, carnes, legumes e verduras. Há também aqueles que normalmente teriam, mas são produzidos com intenção de não terem glúten em sua composição, como bolos, biscoitos e cervejas.

Existem vários alimentos que naturalmente contêm a substância e que podem ser produzidos numa versão alternativa sem ela. Além disso, devido à grande procura por esse tipo de produto, o mercado de alimentos sem glúten é altamente rentável. Por causa disso, esse setor tem crescido muito nos últimos anos.

O mercado de alimentos sem glúten

Nos anos 1990, o setor alimentício despertou o interesse em desenvolver produtos para pessoas com restrições nutricionais. O mercado de alimentos sem glúten surgiu em função dos celíacos, indivíduos permanentemente intolerantes ao glúten. Como a enfermidade não possui tratamento, os afetados nunca podem ingerir a proteína, já que isso causaria inúmeros efeitos negativos. 

Em 2016, o mercado de alimentos sem glúten alavancou devido a tendência de dietas glúten free. Com o objetivo de perder peso, muitas celebridades nacionais e internacionais, como Juliana Paes e Halle Berry, aderiram ao regime. Tal fator proporcionou visibilidade midiática para o setor. Esse tipo de dieta promove o emagrecimento e outros benefícios. Isso ocorre pois os alimentos que contêm glúten alimentares saudáveis. De acordo com a agência Euromonitor, o mercado de alimentação saudável e bem-estar movimenta US$ 35 bilhões anualmente no Brasil. Isso garante ao Brasil o quarto maior mercado do mundo no que diz respeito a alimentação fit.

Outro motivo para muitos evitarem o glúten, mesmo não sendo celíacas, são os desconfortos que sentem ao ingeri-lo. Os principais sintomas relatados são diarreia, constipação, cólica e inchaço abdominal. Tais incômodos podem ocorrer pois o glúten é uma proteína muito extensa e de difícil digestão. Assim, em busca do bem-estar, os indivíduos decidem eliminar o glúten de sua alimentação.

Legislação

Em 2003, a LEI FEDERAL Nº 10.674  definiu que todos os alimentos comercializados deveriam conter visivelmente em seus rótulos “CONTÉM GLÚTEN” ou “NÃO CONTÉM GLÚTEN”. Essa medida permitiu a identificação do componente nos produtos. A Anvisa determinava que o produto deveria ter menos de 20 ppm (partes por milhão) de glúten em sua composição para obter classificação “NÃO CONTÉM GLÚTEN”. Essa proporção é consideravelmente pequena e, pelo CODEX ALIMENTARIUS (uma coletânea de padrões seguidos internacionalmente), segura para o consumo para celíacos.

Contudo, a partir de 2015, com a publicação da RDC 26/2015, a Anvisa estabeleceu novas normas de rotulagem. Todos os produtos que possuam qualquer traço de glúten na sua composição devem ser classificados como “CONTÉM GLÚTEN”. Para impedir a contaminação, o produtor necessita fiscalizar a sua produção, garantindo limpeza e manuseio corretos de ingredientes e equipamentos.

Como investir?

Mesmo com a demanda crescente, o mercado de alimentos sem glúten não apresenta tantas ofertas. Por isso, há um grande espaço para novos empreendimentos. Uma vez que não se pode ingerir essa proteína, uma série de produtos são restritos como biscoitos, bolos e massas.O varejo, porém, não oferece tantos substitutos equivalentes ou de comparável sabor. Portanto, o mercado glúten free é uma promissora chance em investir em produtos saborosos e inovadores na área.

Algumas etapas são essenciais para iniciar um negócio no ramo:

 
  1. Pesquise o mercado: antes de começar o seu negócio procure saber quais as principais tendências da região onde pretende atuar. Realize uma análise da concorrência e a definição de um público alvo. Com essas informações desenvolve-se um produto competitivo no mercado e de qualidade.
  2. Defina o seu produto:  estude os melhores ingredientes e aditivos necessários para a sua receita. Garanta o sabor do alimento, assim como a durabilidade essencial para a comercialização.
  3. Planeje sua linha produtiva: desde uma produção artesanal a uma fábrica de alimentos, organize as etapas da produção do negócio. Para isso, determine maquinário, mão-de-obra, estoque, local e logística de distribuição.
  4. Escolha seus fornecedores: para um produto de qualidade, confira a origem da matéria prima. Além disso, considere o seu estoque, periodicidade da produção e faixa de orçamentos.
  5. Atente-se às normas: qualquer produto alimentício no Brasil está sujeito a legislação da Anvisa e do MAPA. Portanto, estude e siga a legislação da maneira correta, evitando equívocos e até possíveis multas.
  6. Cuidado com a contaminação cruzada: essa contaminação ocorre de manipulações incorretas durante o processo produtivo. Os equipamentos ou a matéria-prima podem ser contaminados por resquícios de glúten, o que compromete o produto final. Por isso realize meticulosamente as etapas anteriores, frisando a escolha de bons fornecedores e o planejamento correto do processo produtivo.
  7. Obtenha o selo glúten free: órgãos competentes no assunto, como Gluten Intolerance Group (GIG) ou FoodChain ID, emitem essa certificação. A partir de testes e supervisionamentos, comprova-se a ausência do glúten no produto. O selo garante uma segurança ao consumidor da qualidade do produto e traz credibilidade para a marca.

Afinal, vale a pena apostar nos alimentos sem glúten?

O mercado de alimentos sem glúten sem dúvidas é um dos segmentos da indústria alimentícia mais rentáveis e crescentes. Além disso, esse setor têm várias oportunidades inexploradas dada a baixa oferta e alta demanda. Contudo, é importante estar muito bem preparado para abrir um negócio, especialmente no caso de um segmento tão regulamentado. Tendo isso em vista, uma consultoria de uma empresa com experiência no setor pode facilitar o processo e aumentar as chances de sucesso.

Quer conhecer outros setores promissores para investir? Descubra como começar a investir no mercado de alimentos fit clicando aqui.

Por Gabriela Moraes e Yann Teixeira

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