A produção de geleias para vender em comércios tem aumentado no Brasil e no mundo, com o crescimento de tendências atrativas para o público. Uma dessas tendências é a de adicionar condimentos, vegetais e/ou bebidas alcoólicas às geleias produzidas com um ou mais tipos de frutas.
Ademais, com a busca por um estilo de vida saudável, a procura de geleias aumentou em pontos de fácil acesso, como os supermercados. Nesse sentido, a fabricação desse produto é um foco promissor de negócio, sendo necessário o planejamento e a estruturação para ocorrer com sucesso.
Se interessou pelo assunto e quer aprender sobre como estruturar sua produção de geleias para vender em pontos comerciais? Continue lendo!
Legislação e Boas Práticas de Fabricação para produção da geleias para vender em comércio
Antes de iniciar a fabricação de qualquer mercadoria, é preciso conhecer a legislação que a rege e as Boas Práticas de Fabricação (BPF´s) a ela associadas. O conhecimento aprofundado dessas fontes é importante porque permite a realização da produção de forma legal, com o controle das concentrações dos ingredientes e a aplicação de um método produtivo, higiênico e adequado.
Nesse sentido, o estudo da Legislação e das BPF’s contribui também para a qualidade do produto final e promovendo a maior durabilidade da geleia, que deve apresentar boa conservação para a venda em supermercados.
Processo Produtivo de geleias para vender em supermercado
Recepção das frutas
Para a produção de geleia para vendas, pode-se pensar nas etapas de produção das geleias. Dentre essas, a primeira é a de recepção das frutas, matéria-prima base de tais compotas.
No processo de recepção, a equipe faz o recebimento, pesagem e análise das frutas quanto ao estado de conservação.
Caso não seja possível processar os alimentos imediatamente após o recebimento, recomenda-se que a equipe os armazene em local refrigerado previamente estabelecido na fábrica.
Deve haver um espaço para estocagem das demais matérias primas, como açúcar, pectina e ácido. Um layout industrial seria ideal para esse planejamento.
Seleção e lavagem
As frutas são selecionadas como forma de garantir a qualidade empregadas no processamento, retirando-se da matéria-prima a ser utilizada as frutas podres, com larvas ou muito verdes.
Em seguida, é necessário limpar cada uma delas para a assepsia na fabricação. Nesse processo, realiza-se uma pré-lavagem das frutas e, posteriormente, uma lavagem com água clorada, utilizando equipamentos industriais.
As técnicas mais comumente aplicadas para lavagem são: aspersão, imersão e agitação em água.
Descascamento, corte e despolpamento
Após a secagem das frutas, há uma pesagem destas, para permitir a análise da eficiência do descascamento posterior.
Essa etapa permite a retirada de cascas e caroços das frutas e pode ser ou não necessário, de acordo com a fruta utilizada. A equipe deve descartar a manga e cortar o maracujá, por exemplo, enquanto a goiaba não passa por esse processo. Assim, uma análise específica das frutas que se deseja utilizar é importante para a estruturação do procedimento produtivo.
Depois do descascamento, por fim, ocorre o despolpamento, que separa a parte fibrosa da fruta descascada.
Adição de ingredientes e aditivos
Nessa etapa, estudam-se os ingredientes que devem ser adicionados às frutas na produção da geleia e a quantidade empregada de cada um deles, sendo os principais o açúcar e a pectina.
O açúcar trabalha em conjunto com a fruta e com a pectina – uma fibra presente nas frutas que confere à geleia o efeito de gel – para fazer com que ela tenha a textura desejada.
Cozimento
É possível realizar essa etapa utilizando diversos métodos, mas todos cumprem o objetivo de realizar a cocção da polpa até a concentração e a textura desejadas.
O tempo do cozimento influencia diretamente no produto final e varia de acordo com o tipo de tacho utilizado. A equipe pode realizar a avaliação do ponto final de cozimento por refração ou por testes a partir de um método empírico, como o teste da colher ou do copo.
Enchimento e fechamento da embalagem
Após o cozimento, a geleia já está pronta e deve seguir imediatamente para o envase. Por tratar-se do primeiro contato do cliente com o produto, a escolha da embalagem deve ser realizada de forma estratégica e baseada em pesquisas de mercado para observar tendências de materiais e volumes comercializados.
Além disso, um envase bem feito é fundamental para garantir a durabilidade do produto. Isso explica a existência de normas nessa etapa, que vai desde a lavagem até o fechamento dos recipientes. Em seguida, o produto é resfriado, rotulado, empacotado e enviado para a estocagem e distribuição.
Conclusão
Na realização das etapas acima, é importante garantir que o espaço seja estruturado, de modo que todo o material se desloque em fluxo contínuo e que a distribuição do equipamento seja feita seguindo uma sequência lógica.
Para que isso ocorra, é fundamental o domínio do processo produtivo das geleias e da legislação relacionada a essa fabricação. Assim, a partir da associação dessas ferramentas com um layout industrial adequado ocorre a otimização do processo, economizando tempo e produto.
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Ana Luiza Miranda e Lívia Castro